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Com o olhar adiante

Uma cidade preparada para alcançar níveis de excelência em suas atividades turísticas certamente torna-se mais competitiva. Uma localidade que tem como meta a evolução, estimula e inspira. Uma ação de sucesso voltada ao bem, torna-se uma motivação para que seja exemplo a ser seguido. Nos dias de hoje experiências positivas sempre são colaborativas, principalmente quando tem nos respectivos focos, as boas práticas e a sustentabilidade.

Recentemente a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo-CNC lançou um estudo elaborado pelo seu Conselho de Turismo, com foco na sustentabilidade. Isso mostra a atenção especial da entidade em relação ao conceito das práticas sustentáveis, o que também inspira as entidades locais, que fazem parte do sistema a seguir o mesmo princípio norteador.

Vivemos em uma região indutora do desenvolvimento do turismo, e muitos empreendimentos locais já tem ‘pegada ecológica‘ em sua missão. Vejo que o estudo da CNC é muito pontual e de importância ímpar, pois recentemente foi divulgado pelo Sebrae Nacional que o setor avança em competitividade, com registros de boas práticas e de inovação por parte da classe empresarial, a maioria micro e pequenos negócios. Ocorre, entretanto, que é preciso neste caminho que é cheio de desafios ter uma visão, ainda que de médio e longos prazos voltada ao desenvolvimento sustentável.

Sustentabilidade não diz respeito somente a preservação ambiental, como muitos acreditam. Dentro do conceito triple bottomline,criado nos anos 1990 por John Elkington, da ONG internacional SustainAbility, refere-se também aos retornos financeiros e desenvolvimento das pessoas. Dentro deste conceito, acredito que ao se investir num negócio não se pode pensar somente no lucro a ser obtido, mas também nos impactos que o mesmo pode causar à natureza e às comunidades, inseridas ou não nos entornos em que os empreendimentos são instalados. Isso envolve ações educativas e politicamente corretas.

Ao se projetar um ambiente voltado ao turismo, é preciso minimizar ou eliminar por total, os impactos nocivos que o mesmo pode causar. Muito me deixa orgulhoso o fato de que existem exemplos muito bem sucedidos e com mensuração de resultados no âmbito das boas práticas, dentro da própria estrutura do Sistema Comércio. ‘O turismo depende intrinsecamente do meio ambiente e é uma atividade que envolve processos produtivos e sociais de grande amplitude para as comunidades nas quais está inserida’. Esta é a opinião do presidente da CNC, Antonio Oliveira Santos que eu compartilho.

Vale lembrar que está em Mato Grosso uma das unidades mais representativas do Brasil quando se refere a sustentabilidade no foco da iniciativa privada, que é a Reserva Particular do Patrimônio Natural -RPPN, do SESC Pantanal, através da qual se tem beneficiado de forma concreta a proteção da biodiversidade ecológica, através de estudos, da promoção da regulação ambiental, a preservação de recursos genéticos, a manutenção dos ciclos sazonais das águas e a proteção da beleza cênica de uma extensão em 1.060 quilômetros, na parte norte do Pantanal, entre os rios Cuiabá e o São Lourenço.

A iniciativa privada sempre está vislumbrando o cenário com o olhar adiante, e percebe-se que, a cada dia que passa, em segmentos a exemplo do turismo, há uma conscientização em relação aos seus projetos voltados a sustentabilidade. Isso mostra que muitos empresários, mesmo sem propagarem suas atitudes, tem realizado ações que vão além de suas obrigações legais.

Pedro Nadaf é presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Mato Grosso – Fecomércio/Sesc e Senac

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