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Comércio, atividade que acompanha a evolução

Ontem foi comemorado em todo o país, ‘O Dia do Comerciante‘ A data de 16 de julho nos remete ao início da formação das civilizações. Afinal, trata-se da mais antiga atividade do setor produtivo. Numa época em que ainda não existia a moeda, e que o escambo predominava nas relações de mercado, os comerciantes já se destacavam, dando valiosa contribuição para o desenvolvimento econômico. Muitos foram responsáveis por transformarem vilas em cidades.

A data em comemoração ao ‘Dia do Comerciante’ foi instituída pela Lei n° 2048, de 26 de outubro de 1953, decretada pelo Congresso Nacional e promulgada pelo presidente do Senado, João Café Filho. O dia escolhido, refere-se ao nascimento de José da Silva Lisboa, o Visconde do Cairu, que presidiu em 1808, a Real Junta do Comércio, Agricultura, Fábricas e Navegação do Estado do Brasil e no ano seguinte organizou o código de comércio. Através das letras e do seu conhecimento jurídico, histórico e econômico, combateu o monopólio colonial que manteve por muito tempo os portos do Brasil fechados ao comércio internacional, fator limitante da expansão de negócios. Foi defensor e articulador da construção da economia liberal, considerada de suma importância para inibir a formação de monopólios e a proibição contra determinadas atividades.

Os comerciantes, a exemplo do Visconde do Cairu, acompanharam par e passo as oportunidades de mercado ao longo dos séculos. Assistiram a diversas mudanças e expansão em suas atividades. Foi o comércio quem levou Portugal a abrir o caminho das Índias e a iniciar as grandes navegações marítimas que levariam à descoberta dos novos continentes. Na esquadra portuguesa o comerciante era parte integrante, enfrentado todas as adversidades do desconhecido para atender à demanda dos mercados, para trazer aos consumidores os tecidos asiáticos, a pimenta da Índia ou levar o pau-brasil, o ouro e a cana-de-açúcar, dentre outros produtos. 

Hoje os comerciantes estão diante do admirável mundo novo, não carregam panelas para trocar por patos e nem patos para trocar por sal, como na época do escambo, quando a economia girava na base de trocas. Não trazem consigo, em suas viagens, sacos de moedas para a realização dos seus negócios, e poucos talvez ainda ficam atrás dos balcões esperando a chegada dos clientes. Tem os que preferem ficar em frente da tela de um computador, em operações de e-commerce, ou fazendo a rede de negócios girar via aplicativos do celular, a exemplo do WhatsApp, aplicativo de mensagens multiplataforma.

A evolução é de fundamental importância e os comerciantes com seus objetivos mantém viva e vibrante uma atividade que gira em torno de atender às necessidades do público consumidor, que também evolui e fica cada vez mais exigente. São empreendedores que contribuem não só para a economia, mas para a construção de um país melhor, em todos os sentidos. 

Pedro Nadaf, é secretário-chefe da Casa Civil e presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Mato Grosso-Fecomércio/Sesc e Senac

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