Não se pode negar que o nosso crescimento econômico está lincado nos dias de hoje ao mundo online, assim como esteve no século XIX, quando foi inventado o telégrafo eletrônico, que facilitou a difusão a distância na era da Revolução Industrial. Nunca, em tempo algum, as inovações e mudanças chegaram tão rápidas como no século XXI. O que num mês é moderno, no outro pode ser substituído por novos programas de alta tecnologia, e constantemente nos vemos obrigados a nos moldar ao novo tempo. A era da comunicação virtual trouxe para a sociedade muita dinâmica, encurtamento de distâncias e evolução. O e-commerce, por exemplo, reconceituou o comércio tradicional de forma muito poderosa.
Muitos empreendedores na última década do século XX se aprofundaram em negócios digitais, conhecendo inúmeras plataformas, a dinâmica das lojas virtuais, preferências dos e-consumidores, marketing, logística e testando diversas ferramentas, aplicadas diferentemente em seus empreendimentos físicos. Assim encontraram novos nichos promissores para seus negócios via online.
Vale lembrar que em 1999, esse meio de comercialização, no mundo inteiro, atingia U$ 180 bilhões em vendas. Registrei isso em um dos meus artigos na época. Hoje a estimativa é de que o e-commerce B2C mundial deve faturar US$ 1,471 trilhão até o final do ano. Um incremento na ordem de 20% em relação ao ano de 2013. Há projeção, entretanto, de que em 2018, salte para mais de US$ 2,3 trilhões em todo o mundo.
Quem apostou no e-commerce no início da década de 90, quando ainda era pouco visível talvez já tivesse a visão de que o mesmo influiria no comércio tradicional, drenando seus clientes e faturamento, obrigando-os a também diversificar atuando de forma física e por internet.
Foi surpreendente a evolução do e.commerce e ele hoje cresce mais que o varejo tradicional, vendendo praticamente de tudo através de shoppings virtuais. Para se ter uma ideia no Brasil, em que o sistema está em plena ascensão, pode atingir em vendas neste ano R$ 28,5 bilhões, com crescimento na média de 25% no número de pessoas atingidas, que no ano passado foram 50 milhões.
Alguns portais quadruplicam suas vendas, em datas especiais, a exemplo do Natal, via canais de comercialização que vendem praticamente de tudo em seus shoppings virtuais. Será que há quem duvide que será sucesso total em vendas online a próxima data comemorativa, o Dia das Crianças, que está dentre as de maiores consumo no Brasil? Eu não duvido, e ainda aposto que dentre as preferências por presentes comprados via e-commerce para crianças, além de brinquedos, estarão no topo produtos voltados às áreas de informática e eletrônicos, a exemplo de computadores e smartphones. Atualmente o público infantil começa a ter contato com a tecnologia nos primeiros anos de vida.
Percebe-se nitidamente a busca permanente por melhorias nos ambientes corporativos visando não somente o fortalecimento dos negócios, mas também a própria relação com os consumidores, via universo online. Neste sentido, novidades, tendências e tecnologias avançadas fazem com que os empresários e os profissionais, principalmente gestores, busquem incessantemente novos conhecimentos, tornando-se mais eficientes e eficazes no dia-a-dia, sabendo entender as multifuncionalidades dos equipamentos criados para facilitarem suas vidas.
Pedro Nadaf, é secretário-chefe da Casa Civil e presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Mato Grosso-Fecomércio/Sesc e Senac