De um lado um ministro trazendo boas novas e potencializando a importância da Copa do Mundo para Cuiabá, e para o Brasil como um todo. Do outro a sociedade civil organizada dividida entre otimistas e pessimistas. Ao centro o diálogo em nível de governos com a sociedade, que assegura um caminho sem desvio em relação aos resultados positivos mensuráveis.
O ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, quando esteve na semana passada em Cuiabá para a condução do “Diálogos Governo Sociedade Civil – Copa 2014, não exagerou em dizer que o macro evento já transformou Mato Grosso em “janela de oportunidades”. Acima das obras que estão dotando Cuiabá e Várzea Grande de infra-estrutura moderna, que já estão resultando, por exemplo em melhorias na mobilidade urbana, o ministro aponta o fato de se colocar Mato Grosso no Mapa do mundo, como de grande relevância. Isso faz a gente que ama este estado sentir orgulho.
Atrasos em obras ocorrem e geralmente por motivos que fogem a previsibilidade. É preciso que se preste muita atenção, no tocante aos canteiros de obras de Cuiabá e Várzea Grande, que somam mais de 50 projetos. Imagine só Mato Grosso sem cerca de R$ 3 bilhões de investimentos, que foram computados para a Copa do Mundo, sendo que para melhoria da mobilidade urbana, foram vinculados do referido montante, R$ 2,6 bilhões. Pergunto: isso trouxe ou não bons impactos econômicos e sociais?
A revitalização urbana é realidade e, é isso que temos que ter em mente neste momento em que precisamos de somar forças com os otimistas. Temos que pensar na multiplicação, e isso o ministro fez muito bem ao falar em números que transformam Cuiabá, uma das cidades sede da Copa do Mundo em uma capital pronta para o futuro. Estudos da UFMT- Universidade Federal de Mato Grosso, em parceria com a Secopa, em decorrência dos impactos positivos do macroevento, que haverá uma injeção de recursos previstos para a economia regional que pode chegar a R$ 5,3 bilhões. Ou seja, quase o dobro dos investimentos.
É certo o fato de que o diálogo, entre o governo com a sociedade civil, deveria ter sido iniciado dois anos antes. O importante, entretanto, é que esta abertura foi dada e mais de 50 organizações de movimentos sociais estiveram presentes na explanação feita pelo ministro.
Sou otimista e registro que nada “empata” o sucesso da Copa do Mundo. Li em uma das reportagens, em relação a vinda de Gilberto Carvalho, que o ministro esteve na capital mato-grossense, para “tentar convencer que Copa foi bom negócio para o país”. Eu encerro com um questionamento: será que é preciso de táticas, deste tipo, para convencer sobre o que é óbvio?
Pedro Nadaf, é secretário chefe da Casa Civil e Presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Mato Grosso-Fecomércio/Sesc e Senac