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Destaque na atração de investimentos

As quatro primeiras semanas de 2009, segundo dados oficiais do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, trazem um resultado no que se refere às exportações brasileiras, inferior na ordem de 21,8%, em relação ao mesmo período de 2008. Até o dia 25 do corrente, analisando-se 16 dias úteis, as exportações atingiram US$ 7,547 bilhões.
A queda é significativa, já que atingiu mais de 20%. A retração nas vendas de produtos manufaturados ao mercado externo, dentre eles autopeças, aviões, automóveis e pneumáticos, é considerada como uma causa de maior importância no que tange ao desempenho inferior. Por outro lado, analisando as exportações de produtos básicos, os mesmos cresceram 0,9%, desempenho puxado pelo milho em grão, farelo de soja, soja em grão, carne suína, dentre outros.
Penso que nem os produtores brasileiros e nem o governo se acomodarão diante do desempenho negativo registrado no cômputo geral. Vale lembrar que no finalzinho de 2008, o presidente da Apex-Brasil, Alessandro Teixeira, disse que o Brasil será destaque na atração de investimentos neste ano, sendo que nosso país se encontra entre as cinco nações mais atrativas para a recepção em nível mundial, do chamado IDE- Investimentos Estrangeiros Direto. Meu otimismo, portanto, tem razão de ser, para se ter uma idéia, o Brasil está próximo de captar 30% de todo o IDE destinado à América Latina, e neste foco o governo brasileiro estará intensificando, os seminários internacionais referente a negócios.
Em Mato Grosso, empresários e governo também não cruzam os braços diante da crise, ficando como meros expectadores. Para nós mato-grossenses, há motivos para acreditar numa reação do mercado, não só pelo pequeno desempenho positivo dos produtos básicos, dos quais também somos produtores. O motivo que nos move em sentido contrário à crise é o fato de ocuparmos o 10º lugar no ranking nacional, mantendo no ano passado em 4% nossa participação nas vendas externas do país e 55% no Centro-Oeste. Temos um registro de crescimento de 44,4% no que se refere às exportações. Vale lembrar que os embarques da região totalizaram US$ 14,1 bilhões e que Mato Grosso simplesmente foi o principal exportador em nível regional atingindo vendas na ordem de US$ 7,81 bilhões. Para se entender ainda mais a grandeza deste montante, vale destacar que o valor é maior, pouco mais de 50%, que o verificado em 2007.
Mato Grosso atrai novos investimentos para continuar com boa performance e manter o crescimento, sendo que a cada dia recebe novas indústrias. Vale lembrar que nesta esteira de desenvolvimento, a Sadia, em Lucas do Rio Verde, já começou a primeira etapa de produção de frangos e suínos e que a União Avícola começa também a produção em Nova Marilândia, com capacidade para abater 200 mil frangos/dia.
Uma coisa é ficar lamentando a crise, e a outra é ter a consciência de que ela existe e que temos que continuar crescendo e melhorar ainda mais o nosso destaque econômico interno e externo. Afinal, no cômputo geral Mato Grosso “vai bem obrigado” e a previsão é de que neste ano crescerá acima da média, podendo melhorar sua posição no ranking nacional. Vamos, portanto, dar lugar ao otimismo e trabalhar neste sentido.

Pedro Nadaf é secretário de Estado de Indústria, Comércio, Minas e Energia e presidente do Sistema Fecomércio/Sesc/ Senac-MT.

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