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E quando a crise passar?

IMGEm uma época que o assunto crise parece efetivamente dominar as rodas das conversas, nos mais diferentes segmentos social, político e econômico, é preciso mais do que nunca não deixar se contaminar pelo negativo ou deixar o desânimo se abater ainda mais. Não estou com isso, em absoluto, querendo dizer que não existe uma situação preocupante. O que estou querendo sugerir é que não percamos o ânimo diante do período que estamos vivendo. Afinal, o quadro mostra incertezas quanto ao destino da nossa economia, mas há muitas formas de reagir.

Sim, há um cenário que tem restringido investimentos dos empresários, as compras por parte dos consumidores, e levado insegurança para quem tem seus empregos. Os números que citarei abaixo e tantos outros comprovam isso.

Analisando as condições atuais e as perspectivas econômicas futuras a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo-CNC, por exemplo, sua equipe econômica conclui que o volume de vendas do varejo deve apresentar retração de 1,1 % em 2015. No levantamento que a entidade fez relativo ao ICF- Intenção de Consumo das Famílias, foi registrado 86.9 pontos em julho – uma queda de 5,3% em relação a junho e de 27,9% na comparação com o mesmo mês do ano passado. Ou seja, o indicativo é de que há uma percepção de insatisfação com a situação atual. Na Pesquisa Mensal do Emprego (PME) do IBGE, apresentada no último mês de junho, relativa a maio, foi mostrado que ocorreu a maior elevação no índice de desemprego nos sete principais centros metropolitanos brasileiros, sendo que ficou em 6,7%, contra 4,9% do mesmo mês de maio de 2014.

Muitos empresários têm se pautado numa nova forma de gestão, enxugando excessos e rompendo com paradigmas limitantes. Estão, na maioria dos casos, cientes de que precisam sim da tecnologia, mas de também, mais do que nunca sair de seus estabelecimentos e se integrar através de network; de trabalhar diferenciando os ativos tangíveis, dos intangíveis e de se abrir para a formatação de novos produtos e serviços, visando ganhar mais competitividade, deixando de lado certas heranças nas suas estratégias negociais.

O comportamento do consumidor, que já vivia em mutação, nas épocas de maiores dificuldades torna-se mais sensível, e as exigências daqueles que ainda conseguem comprar redobram. Não adiantam, portanto, apelos emocionais e reclamações nas conversas, pois estas não sensibilizam ou convencem. Se o desafio mais do que nunca tem sido ditado pela concorrência, deve haver muita racionalidade neste processo, pois são muitos os fatores que influenciam na escolha, e isso em épocas consideradas críticas, vai além do atendimento.

No mundo dos negócios os empreendimentos tornaram-se mais vulneráveis em períodos de crise. Percebe-se que muitos nesse processo, ficam se queixando, enquanto outros procuram formas inovadoras de conquistar cada vez mais uma fatia do mercado. E você como se enquadra diante da situação? Percebe-se que tem muita gente cruzando os braços esperando a crise passar. Pergunto, e quando ela realmente passar?

Pedro Nadaf é presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Mato Grosso-Fecomércio/Sesc e Senac-MT

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