Desde que eu comecei a imprimir minha marca na carreira profissional, trago comigo a convicção de que se eu não amar o que estou fazendo, se eu não tiver fascínio pela realização, o melhor caminho a seguir é deixar de lado o que estou fazendo. Percebo, entretanto, que a maioria dos profissionais insiste muitas vezes em se dedicar ao que não gosta e fica anos a fio na mesma atividade, até somar a frustração na sua aposentadoria.
Você já parou para analisar o seu histórico profissional? Já teve cautela ao julgar seu grau de satisfação na função ocupada? Já procurou saber o que pensa as pessoas sobre a forma com que desenvolve suas atividades? O que você já construiu com a força do seu trabalho e o que pode ainda construir? São realmente muitos os questionamentos, e nem sempre a resposta é a que você espera ouvir.
Num ambiente empresarial e profissional muitos deixam de ter fama porque sempre tentam tirar vantagem a qualquer custo, de pequenas coisas que faz. Pessoas tolas que agem desta forma não sabem que é o êxito inesperado que mais cativa e conquista admiração. A inteligência que faz sempre brilhar um profissional e não é inteligente ficar a todo momento se sobressaindo aos demais, através de alarde e não pela ação e pelas boas ideias.
Tem pessoas que não se satisfazem com a invisibilidade dentro de uma organização, mas ficar aparecendo igual a um pavão, com o ar da graça da sua presença magnífica, é em vão. Assim como é supérfluo para o crescimento os falsos elogios de colegas, que servem somente como alimento para o ego. Baltazar Gracián, filósofo e literato, deixou uma frase muito interessante e que serve para ilustrar o que estou dizendo: ‘O ausente a quem se considerava um leão, quando presente se transforma em um camundongo. O logro entra pelo ouvido e geralmente sai pelos olhos. Aquele que se recolhe em si mesmo, ao núcleo de sua reputação, se preserva’. É preciso ter ciência que nem sempre há reconhecimento pelo que se faz e nem por esta razão se deve deixar de fazer sua parte no processo, com autoconfiança e não com exibicionismo.
Ninguém sabe ao certo uma receita para subir na carreira, mas há dicas que ajudam nessa escalada. Há quem compartilha, indicando caminhos a partir de suas experiências de uma carreira de sucesso. Há quem aposte no estudo como a primeira etapa para ascensão profissional e nos negócios. Há quem considere a experiência na escola da vida o mais importante. Eu particularmente considero as duas alternativas muito relevantes, mas o estudo coloco em primeiro lugar. Hoje é muito raro obter êxito, ter ideias inovadoras e muito exitosas com desconhecimento técnico. Na maioria dos casos a regra é clara, um profissional é analisado por seu currículo e nele soma-se suas experiências, com os cursos que aprimoraram seu aprendizado.
O fantástico dentro do que se faz, nem sempre tem que ser colocado numa vitrine, mas guardado para se expor no melhor momento.
Pedro Nadaf é secretário-chefe da Casa Civil e presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Mato Grosso-Fecomércio/Sesc e Senac