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Fazendo o básico bem-feito

Você já ouviu falar no termo inglês ‘back to th basics‘? Ele é traduzido como fazer o básico bem feito. Você já percebeu que no ambiente corporativo não são raras as vezes que se peca por não observar este mero quesito? O empresário, por outro lado, nem sempre se dá conta de que na sua equipe tem pessoas sabotando o seu negócio, pelo fato de não fazerem o que óbvio. 

Nesta semana eu estive numa cafeteria, me sentei em uma das mesas e as duas funcionárias que supostamente deveriam estar no atendimento, simplesmente conversavam, ao mesmo tempo que olhavam no celular. Foi como se eu nem estivesse no local, não interromperam o bate-papo para me atender.

 Num buteco eu poderia ter sido atendido melhor. Tive que vencer meu incoformismo e não me levantar na hora e procurar outro local, optando por chamar a atenção para que uma delas me atendesse. Não é admissível um local com mobília impecável, máquina de fazer café de última geração, ter uma equipe que depõe contra o empreendimento. A falta da boa performance em atividades simples muitas vezes é zero nos estabelecimentos que atendem o público. 

‘Back to th basics‘. Quantas e quantas vezes você percebe a falta de postura profissional comprometendo este termo? Já parou para pensar quantas vezes a concorrência aproveita tal lacuna deixada para ter um diferencial competitivo. Não adianta ter o melhor produto, se a equipe não fizer bem-feito a ponte entre o negócio e o consumidor, por mais simples que esta tarefa possa parecer.

Um grau de satisfação pode ser temporário ou efêmero, mas um grau de insatisfação este pode se processar numa vida inteira, não impulsionar o crescimento e pior que isso, quebrar um empreendimento. A demora por algo básico pode irritar mais do que a demora por algo complexo. Você questiona mais se o garçom não lhe traz o menu, assim que chega num restaurante, do que pela demora em relação ao preparo do prato escolhido.

São Francisco de Assis é autor de um pensamento que serve para o ambiente corporativo: ‘comece fazendo o que é necessário, depois o que é possível, e de repente você estará fazendo o impossível‘. Ou seja, comece com o básico bem-feito, porque é necessário, isso te levará a fazer tudo que é possível para gerar um grau de satisfação, e esta atitude te levará a fazer o que pode lhe parecer impossível. Não fazer nada disso verdadeiramente é o mesmo que ficar num lugar comum sem prospectar o crescimento na carreira. Me lembrei agora de uma cozinheira de casa de família, que de tanto fazer o trivial bem-feito virou dona de um bom restaurante.

Pedro Nadaf, é secretário-chefe da Casa Civil e presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Mato Grosso-Fecomércio/Sesc e Senac

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