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Importância da retroalimentação

Você poderia me dar um feedback? Quantas vezes você já ouviu esta pergunta ao longo de sua vida. Quantas vezes você disse sim, e quantas vezes optou pela não receptividade. Se tem uma palavra de origem inglesa que é agregada ao nosso cotidiano de forma rotineira, ela se chama feedback, porque se aplica a informações, sejam elas por um trabalho efetuado, ao retorno de uma solicitação, a uma resposta a um questionamento, a um comentário ou opinião sobre o que se ouviu, sejam de críticas positivas ou negativas, a uma reação a estimulo, etc…. É usado no mundo corporativo, na escola, na química, na física, na biologia, na informática, na eletrônica, em transmissão sonora, na vida pessoal e interpessoal, sempre que ocorrer uma emissão, uma recepção e uma retroalimentação, lá está o termo.

A retroalimentação é na realidade a própria tradução da palavra feedback. No inglês feed é alimentar, e back, voltar. Longe de teorias que argumentam sobre sistemas ou circuitos no campo científico, a exemplo da provocação da inércia, vou pautar o artigo nas relações humanas, nos comportamentos empresarias e profissionais, no qual se comparado a ciência, o positivo e o negativo fazem parte do processo, a exemplo da comunicação: o emissor emite a informação e o receptor dá a resposta, numa dinâmica muito natural ligada a interação humana. Sem este processo não se comunica.

No mundo corporativo o feedback é usado comumente como recurso na obtenção de retorno de tarefas delegadas, podendo com isso verificar o desempenho em sua execução, ou avaliar o problema pela não execução. É uma espécie de monitoramento empregado no cotidiano. Ainda no ambiente empresarial pode se aplicar o recurso para verificar junto aos usuários de produtos e serviços, se o mesmo correspondeu aos seus anseios. Márcia Veras, coach executiva e consultora em gente e gestão, diz que ‘o momento do feedback pode ser mais efetivo quando visto como uma oportunidade de se desenvolver, não como crítica‘.

Para a consultora dar feedback é algo que só fazemos quando nos preocupamos com o outro. Caso contrário, deixamos de lado com a ideia de que ‘não adianta mesmo‘ ou ‘não vai fazer diferença‘. Particularmente eu penso que nos colocamos muita resistência quando precisamos manter uma conversa que pode interferir em posicionamentos e na maneira do outro agir.

É uma tarefa muito difícil desarmar as defesas dos outros, ainda que para facilitar a sua capacidade de escuta. Uma dica que aprendi, e acho interessante para a obtenção do feedback é destacar as qualidades de quem ouve, antes de lhe cobrar algo. Isso realmente traz facilidades para a retroalimentação, ou como diz Carlos Hilsdorf, destacado consultor de empresas: ‘um processo de alimentação‘. Segundo ele defende,ocorre através do fornecimento de informações críticas para o ajuste de desempenho e performance de uma pessoa. Não receber feedback quando se comunica é o mesmo que jogar palavras ao vento, o retorno é vital.

Pedro Nadaf é presidente do Sistema Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo- Fecomércio/Sesc e Senac de Mato Grosso

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