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Momento de transição e não de estagnação

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Desde o ano passado, que teve um resultado muito sofrível para a economia, aguardamos com certa ansiedade a recuperação econômica nacional. Apesar de um quadro, ainda de incertezas, sendo desenhado para 2015, estou otimista de que neste semestre teremos mais fôlego. Há uma expectativa de que iniciativas produtivas retomem o crescimento em nosso país, com a expectativa de que novos investidores voltem a acreditar na nossa macroeconomia que foi afetada, inclusive, pela própria crise internacional. 

Estamos num momento em que não podemos estagnar com nossos negócios e isso exige que sejamos ainda mais proativos e criativos no período de economia flutuante. Nelson Barbosa, ministro do Planejamento disse recentemente que ‘as mudanças estão criando a base para uma nova fase de crescimento do País, baseada em mais investimentos e maior produtividade‘. Como brasileiro, prefiro acreditar nessa possibilidade, ao invés de deixar o negativo imperar. São muitos os desafios que ainda teremos pela frente, dentro do âmbito das políticas econômica e social implementadas no país, mas há ações exitosas sendo colocadas em prática para tirar do sufoco a nação brasileira. ‘Essa transição macroeconômica é um primeiro passo para recuperar o crescimento da economia‘, frisou o ministro, e nisso que temos que nos inspirar.

Na esteira do otimismo em relação a possibilidade, não remota, da econômica brasileira começar a recuperar, e do quanto isso pode conquistar a confiança de investidores e a retomada do consumo, vale citar alguns números positivos para o comércio. Dados divulgados nesta semana referente às Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, realizada com 18 mil consumidores de todas as regiões do país, pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo CNC, mostram que o quadro neste sentido começa a apresentar melhoras significativas, em nível nacional e também local, sendo que ocorreu queda em junho de 2015, tanto na comparação mensal como em relação ao mesmo período de 2014. 

Em síntese pode ser analisado que em junho de 2014 o total de endividados no país era de 62,5% e em junho deste ano caiu para 62,0%. Em Mato Grosso, a queda foi ainda mais significativa em junho de 2014 era de 72% o percentual de endividados e no mesmo período deste ano, caiu para 69,9%. Em números absolutos isso representa que de 120.735 de endividados, o número caiu para 117.120, pode não ser relativamente um grande crescimento, mais são mais de 3 mil pessoas que retomaram suas capacidades financeiras. 

O maior vilão do endividamento dos consumidores é disparadamente o cartão de crédito responsável, em nível nacional, por 77,2%, seguido por carnês que detém 16,3%. Em Mato Grosso, o número dos endividados com cartão de crédito é menor, atingindo 62,4, o interessante, entretanto, que os endividados com carnês praticamente dobram em relação ao percentual nacional, atingindo 38%.

Muitas vezes as mudanças econômicas que parecem desastrosas, num primeiro momento, servem como indicadores de caminhos pelos quais não trafegaríamos na bonança, até mesmo por acomodação. Tenho convicção de que nós brasileiros tiramos verdadeiras lições de tudo. Muitos estão aprendendo a lidar com a crise e a encontrarem alternativas para novas possibilidades de empreender. 

Pedro Nadaf é presidente do Sistema Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo- Fecomércio/Sesc e Senac de Mato Grosso

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