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Mudando para melhor

IMGUma mudança na cultura organizacional não pode ocorrer de forma abrupta e nem seus efeitos são percebidos a curto prazo. Há diferentes comportamentos entre gestores e colaboradores que não são modificados da noite para o dia. Por outro lado, há ferramentas eficientes para ajudar no processo, priorizando-se a qualidade para um resultado final exitoso.

Ao se fazer uma mudança se espera melhorar o ambiente, e numa empresa isso passa por pessoas, equipamentos, materiais, métodos e medidas. Eu sou adepto nos processos de mudanças, a utilização dos 5S, ferramenta que não é nova, foi criada, após a Segunda Guerra Mundial, no Japão, visando a retomada do país em seus processos sócio econômico, um processo de reconstrução. No Brasil a sua metodologia foi implantada na década de 90, e passou por evolução. Tornou-se uma aliada de quem procura por melhorias de qualidade, organização e otimização em qualquer empresa, independentemente da sua atuação ou porte.

Para entender a ferramenta, vale definir cada um de seus S, que foram traduzidos de forma mais próxima possível para não descaracterizar seus objetivos. O primeiro S, refere-se a palavra Seiri, traduzida no Brasil como Senso de Utilização de Descarte- seu conceito é: separar o útil do inútil, eliminando o desnecessário. O segundo S vem de Seiton – Senso de Arrumação e Ordenação, seu objetivo é identificar e arrumar tudo, para que qualquer pessoa possa localizar facilmente. No terceiro S, encontra-se a palavra Seiso- Senso de Limpeza, que refere-se a manutenção de um ambiente sempre limpo, eliminando as causas da sujeira e aprendendo a não sujar. O quarto S foi traduzido da palavra, Seiketsu – Senso de Saúde e Higiene e diz respeito a um ambiente de trabalho sempre favorável a saúde e higiene. No quinto S, a palavra Shitsuke, diz respeito ao Senso de Autodisciplina, estimulando a fazer das mencionadas atitudes, um hábito, transformando os 5S numa filosofia de vida.

Se formos comparar os 5S as nossas vidas, certamente teríamos uma importante ferramenta, para nos mudar. Muitas vezes é preciso parar e colocar ordem em nosso ambiente interno, separando-se o útil do inútil. Deixando de lado o que nunca usamos e que só ocupam espaços nos limitando. Poderíamos com a limpeza, por exemplo,estocar mais energia positiva para o dia a dia; ter segurança e nos tornar mais agradáveis; no ambiente interno e na aparência pessoal, e a ter também maior disciplina. É claro que assim como no ambiente corporativo sempre terão resistências para mudar. A fase de aceitação não é fácil, e se não tiver comprometimento as mudanças efetivas não ocorrerão.

Numa empresa o comprometimento com as mudanças não é só do gestor, mas de toda equipe. Na vida pessoal, é você com você. É a decisão verdadeira de agir com eficiência e eficácia para encontrar caminhos para o melhor desempenho, abrindo-se possibilidades para atingir resultados extraordinários. A ferramenta 5 S para muitos é sintetizada em bons hábitos. A mudança deve ser sempre para melhor e se possível superar as expectativas.

Pedro Nadaf é presidente do Sistema Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Mato Grosso- Fecomércio/Sesc e Senac-MT

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