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Negócios on-line avançam no Brasil

As empresas brasileiras estão entrando de forma cada vez mais profissionais no e.commerce. Os negócios on-line mexe com a vida do planeta, há milhares de pessoas fazendo negócios por este meio e outras tantas empresas melhorando o nível de competitividade no segmento, potencializando-se em redes globais. O referido mercado está em plena ascensão e fechou seu balanço no ano passado, segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico -ABComm, com 57 milhões de e-consumidores, o que vem a comprovar que a mudança das necessidades e das novas tecnologias estão revolucionando a forma como os negócios são conduzidos no país.

Verifica-se que no comércio eletrônico tem se computado mais pontos positivos para os empresários de visão, que buscam conhecimento e habilidade nesta área, colocando-se em posição de vantagem, por esta razão é fundamental os programas oferecidos para treinamentos. Para se ter uma ideia, a Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico – camara-e.net, considerada a principal entidade multissetorial da América Latina e entidade brasileira de maior representatividade da Economia Digital, desde 2011 realiza o MPE.net que fechou o ano de 2014 com mais de 62 mil pessoas capacitadas em 21 cidades, no mencionado período. Com treinamentos qualificados a atuação das empresas no cenário digital vem melhorando a performance. No foco dos treinamentos oferecidos está como abrir uma loja virtual ou aprimorar os negócios na Internet.

O Black Friday veio na esteira dos bons negócios na net, o evento que reúne os mais variados tipos de loja se consolidou como uma das principais datas do e-commerce no Brasil, e acontece neste ano no dia 27 de novembro. Este acontecimento chamou atenção do Brasil e com isso a camara-e.net, implantou definitivamente o Código de Ética e o Selo Black Friday Legal, que mereceram a adesão de 471 empresas, promovendo a ética e as boas práticas no e-commerce.

Não é somente no Black Friday, entretanto, que o e.commerce, tem grandes promoções e liquidações ocorrendo rotineiramente no varejo on-line. O consumidor realmente tem agido neste sistema como se estivesse numa grande via comercial, ou num grande shopping center, indeciso, percorre links, clica vários portais buscando obviamente quem proporciona as melhores condições para efetivar bons negócios. Para se ter uma ideia, vem sendo oferecidos, por muitas lojas de porte em datas esporádicas, até descontos de 50% nos preços e pagamentos em até dez vezes, projetando-se um incremento nas vendas em mais de 100%.

Os internautas, e isso não só em nível de companhias, mas também de consumidores comuns, contam, na ânsia de saciarem suas necessidades de consumo, com grande exposição de produtos e serviços, disponibilidade de informações, boas condições de pagamento e até descrições detalhadas do bem oferecido. 

Na semana passada um avanço no marco civil da internet, que muito favorece o e.commerce, foi registrado. No dia 15 de abril, o Senado aprovou a proposta de emenda à Constituição, que foi promulgada no dia seguinte, que reparte entre os estados a arrecadação com as vendas feitas pela internet e por telefone. A emenda estabelece que o valor arrecadado do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) no ecommerce seja repartido de forma gradual entre o estado de destino, onde o comprador mora, e o de origem, onde a sede da loja virtual está localizada. 

Com a aprovação da PEC. A partir de 2019 os estados de destino terão 100% da diferença de alíquotas, sendo que haverá o processo gradual já a partir da aprovação. O que está valendo no processo de mudança, entretanto, é o seguinte: 20% para o destino e 80% para a origem em 2015; 40% para o destino e 60% para a origem em 2016; 60% para o destino e 40% para a origem em 2017; e 80% para o destino e 20% para a origem em 2018.

Há mais de 10 anos eu tenho alertado, através de uma série de artigos sobre o comércio eletrônico e neste contexto, que os empresários devem observar atentamente o que está acontecendo neste mercado e avançar, para não perderem o ‘avião da história‘. Os números do comércio eletrônico para este ano são animadores, e legitimam o que eu disse. A previsão da ABComm, é de que o setor movimente R$ 49,8 bilhões, um crescimento de 26%, em relação ao ano passado. Os negócios na era digital não devem ser encarados como simples valor agregado ao que um estabelecimento oferece como diferencial, mas como uma possibilidade de ampliar o seu próprio mercado. 

 

Pedro Nadaf é presidente do Sistema Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Mato Grosso – Fecomércio/Sesc/ Senac-MT

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