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Um bom sinal

O comércio é um bom termômetro para saber se a economia vai bem ou vai mal. O setor é o que mais gera e distribui renda, nos variados negócios, seja através de uma loja comercial, de uma imobiliária, uma empresa de consultoria, de armazenamento, empresas de importação e exportação, turismo, lazer, educação, atividades autônomas, e mais uma centena de outras atividades, representadas pelo plano da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), por isso, toda política de desenvolvimento tem que passar por um segmento tão representativo como esse, que nas economias desenvolvidas tem um peso inimaginável.

Há incertezas no mercado, que é natural num processo pós-eleições. É óbvio que isso atinge o setor produtivo. Recessão, crise, e outros assuntos negativos têm norteado as conversas de muitos brasileiros. Ocorre, entretanto, que devemos ser cautelosos sim, mas não fazer diagnósticos fora da realidade. Para se ter uma ideia há projeções feitas pela CNC de que as vendas para o fim do ano devem movimentar R$ 31,7 bilhões no comércio – 2,6% a mais do que no Natal de 2013. 

Embora o percentual esteja um pouco abaixo das previsões anteriores feitas pela entidade, que era na ordem de 3%, o resultado nos enche de otimismo, mesmo porque ele vem somado a outros índices positivos, que mostram equilíbrio. O comércio vai oferecer 138,4 mil vagas de emprego e o que é mais animador, 173% deste total, ou seja 22,8 mil trabalhadores temporários deverão ser efetivados nos primeiros meses de 2015.

Outro fator que agrega ao equilíbrio do comércio neste final de ano é que a pesquisa da CNC em relação ao percentual de famílias que relataram ter dívidas entre cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, empréstimo pessoal, prestação de carro e seguro alcançou em outubro uma queda de 2,9 pontos percentuais em relação ao mês de setembro, caiu de 63,1% para 60,2%. 

Se analisar no comparativo do ano passado, no mesmo período registra-se também um recuo, pois em outubro de 2013 era de 62,1%. Em várias bases de consumo têm se verificado queda de inadimplência e também no percentual de pessoas que declararam não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso. Isso é certamente é um bom sinal.

Pedro Nadaf, é secretário-chefe da Casa Civil e presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Mato Grosso-Fecomércio/Sesc e Senac

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