São muitas as pesquisas em torno da Neurociência, que estuda o sistema nervoso desde a sua estrutura, seu desenvolvimento, funcionamento, evolução, relação com o comportamento e a mente, e também seus filtros e alterações. Resultados de levantamentos relativos ao assunto tem vem sendo aplicados como técnicas para o desenvolvimento do empreendedorismo. Neurocientistas tem dado contribuições em relação as estratégias utilizadas no cotidiano corporativo, principalmente no que diz respeito ao foco, que é desviado muitas vezes por mera distração.
‘A questão essencial não é o quanto ocupado você está, mas sim com o que você está ocupado’. Esta frase tomei emprestada de Oprah Winfrey, bem sucedida apresentadora de televisão americana, para reforçar um pensamento em relação a falta de foco, e para eu abrir um questionamento para reflexão. Quantas pessoas que você conhece que se envolve com inúmeros projetos mas que não têm ‘acabativa’ em nenhum deles? Não é raro profissionais de talento deixar pela metade ou procrastinar seus projetos, como se o adiamento da ação não trouxesse nenhum problema para terceiros.
É importante, mas nem sempre observada a atenção para o princípio da organização cerebral. A maioria dos profissionais desconhece que há estudos que auxiliam na estruturação do cérebro e isso trazer facilidades para o aprendizado, permitindo a formação de modelos mentais que são norteadores no tocante à forma de agir, em relação ao controle dos pensamentos.
Para o empreendedorismo a neurociência está sendo, sem dúvidas, uma aliada de primeira ordem. Técnicas de neurobusiness, neuroliderança, neuromarketing, neuroeducação, dentre outras ligadas ao sucesso corporativo estão ajudando a fugir dos padrões tradicionais e obsoletos para melhorar o desempenho na negociação, e também na produção e inovação. Inclusive trazendo facilidades ao se detectar pessoas certas, para as funções certas.
Utilizar os princípios da neurociência para melhor empreender traz resultados que já foram legitimados, inclusive, por um grande bilionário, Carles Koch, industrial americano, o sexto homem mais rico do mundo. Ele é autor do livro ‘A ciência do sucesso’, e pautou sua trajetória bem sucedida no referido estudo. Um dos princípios que ele indica como assertivo diz respeito a delegar o poder de decisão para pessoas certas. Pessoas estas que não são só responsabilizadas, mas também recompensadas pelo êxito da tarefa.
No Brasil, embora a neurociência seja aplicada no meio empresarial, suas técnicas ainda são pouco compartilhadas. O tema é complexo e a sua disseminação é ainda lenta, concentrando-se mais nos departamentos de recursos humanos, que tem desenvolvido equipes de colaboradores proativas, principalmente para tomada de decisões.
É provável que nas próximas décadas o tema seja mais difundido. Sua utilização no processo de coaching, é muito relevante neste sentido porque está possibilitado o aprimoramento de ferramentas, e isso é fundamental para a condução de novos caminhos e descobertas em relação ao comportamento humano, que está sempre em transformação e evolução.
Pedro Nadaf é presidente do Sistema Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo- Fecomércio/Sesc e Senac de Mato Grosso
